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O Hospital São José (HSJ), do Rio de Janeiro, que faz parte da Associação Congregação Santa Catarina, reuniu uma equipe de 17 voluntários, que se mobilizaram para ajudar os trabalhadores do Hospital, que foram vítimas das chuvas de janeiro, em Teresópolis.
O grupo nomeado HSJ Solidário iniciou suas atividades em janeiro, sob a coordenação de Izabela Curti, secretária da direção do HSJ.
A primeira ação do grupo foi reunir os voluntários e, através do Hospital, adquirir 15 cestas básicas que foram distribuídas no dia 15 de janeiro às primeiras vítimas da enchente.
O HSJ Solidário se transformou em uma ferramenta de distribuir as doações de forma justa. Para isso, parte dos integrantes ficou responsável pelo cadastramento dos necessitados. Ao todo, 35 trabalhadores do HSJ foram impactados pela tragédia. Após o cadastramento, esses colaboradores passaram por entrevistas, para relatar suas histórias. Em seguida, foram realizadas visitas sociais nos finais de semana, através das quais os voluntários do HSJ Solidário conheceram o local onde os desabrigados vivem atualmente e visitaram a casa abandonada (condenada pela Defesa Civil) ou simplesmente o terreno onde estava a residência de muitos. “Eles perceberam que, para o São José, cada trabalhador é muito mais que um número. São seres humanos com os quais a direção se preocupa, cuida. A emoção deles foi muito gratificante para nós”, conta Izabela.
Na semana da tragédia, a superintendência da Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) iniciou um projeto de recolhimento de doações em todas as Casas que compõem a rede. No dia 10 de fevereiro, o HSJ recebeu a doação de 20 toneladas de doações (alimentos, água e roupas), das Casas que atenderam o chamado da ACSC. Todo esse material foi separado para a montagem de cestas básicas, que estão sendo entregues diretamente às vítimas.
A colaboradora do setor de higienização do Hospital, Fabiana Santos de Souza, 24 anos, perdeu tudo na enchente. Salvou-se apenas com as duas filhas menores – de 3 e 5 anos – com as quais mora atualmente em um local improvisado num sítio próximo à sua antiga casa. “A ajuda que estou recebendo do Hospital está sendo fundamental para mim, porque chegou quando eu já não tinha mais esperança de nada”, conta Fabiana.
Raimundo Viana, 38 anos, sobreviveu com sua esposa, Maria Aparecida Viana, também 38 anos, à enchente. Mas perdeu todos os bens, inclusive sua filha, de 15 anos. O casal está internado no HSJ, em recuperação das cirurgias de múltiplas fraturas que sofreram no dia da tragédia. “Nossa sorte é o Hospital que está cuidando da gente: os médicos, funcionários, os diretores, todos. Estou recebendo muitas doações do Hospital. O armário aqui está cheio de roupas, comida e água. O diretor já me falou também que vão me doar geladeira, fogão e cama quando eu sair”, comenta o paciente.
Para o diretor executivo do HSJ, Nélisson do Espírito Santo, a ajuda aos colaboradores faz parte do trabalho e da história da Associação. “A Congregação tem valores como a solidariedade e respeito à vida, que norteiam as ações de todas as Casas por ela mantidas. Ajudar as pessoas que necessitam é tão importante para nós, quanto foi poder receber e cuidar das vítimas da tragédia, no início de janeiro. Nosso trabalho ainda não terminou”, reforça.
Além de seus colaboradores, o HSJ está prestando assistência à outras vítimas da chuva, além da Fazenda Esperança, Asilo São Vicente, Creche e Asilo Lar de Isabel.
2011.03.02
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