Postado por admin
O cuidado foi e sempre será essencial ao ser humano, independente da fase da vida em que você está. Como profissional de Enfermagem especializada em Gerontologia, a minha experiência no Lar Madre Regina com os idosos portadores de Alzheimer me mostra que lidar com essas pessoas é um processo longo e diferente em cada fase da doença.
Mais do que o esquecimento característico da doença, a confirmação do diagnóstico de Alzheimer nos dá duas certezas absolutas: a progressão comportamental e dependência nas Atividades de Vida Diária (AVDS). Por isso, é importante preparar as famílias e toda a equipe do cuidado para estes sintomas. Assim, os líderes são capazes de fazer do cuidado um ato benéfico, respeitando a dignidade bio-psico-social do idoso , cuidando com fé, paciência e amor.
O profissional que cuida de um paciente portador da doença progressiva DA deve prevenir e realizar um acompanhamento contínuo do idoso e dos seus cuidadores, com o intuito de prepará-los para as alterações na vida de ambos (cuidador X idoso) advindas da doença de Alzheimer. Esta preparação poupa estresse e nos permite ser fidedignos com a profissão escolhida.
De acordo com Eliane Brandão Vieira, autora do livro Manual de gerontologia, “mesmo que se torne prazeroso o ato de cuidar, a situação gera ansiedade e angústia, pois coloca em segundo plano os interesses e necessidades de quem cuida, o que compromete a qualidade do cuidado oferecido”. (Vieira, 1996)
Além disso, existe outro fator: “o ser humano necessita de reconhecimento e um paciente de DA dificilmente conseguirá reconhecer ou retribuir o que é feito por ele. Isso é muito desgastante”. Esta é a consideração de Matheus Papaléo Netto, em sua obra Gerontologia.
Conclusão:
O cuidado na minha experiência é simplesmente dar-se a oportunidade de nos sensibilizarmos com o processo de transição da doença, e saber que fomos escolhidos para vivenciar esse momento de apoio e respeito ao idoso doente, acompanhando toda sua evolução com dignidade e amor. E, como líder, ser capaz de gerar uma harmonia com toda equipe, valorizando cada cuidador que acompanha essa transição, pois são profissionais essenciais para um trabalho de qualidade e humanização.
AUTORA:
Telma Carvalho de Santana (Enfermeira em Gerontologia, que trabalha no Lar Madre Regina, entidade gerida pela Associação Congregação de Santa Catarina).
2011.08.16
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